domingo, 25 de novembro de 2012

Mombojó

Poesia e sensibilidade não é pra qualquer um. Quando ouço músicas que tem um grau elevado de poesia fico apaixonada, ainda mais se essa poesia vem acompanhada de umas guitarrinhas e um bucado de experimentos eletrônicos. Mombojó virou paixão mesmo, desde quando ouvi pela primeira vez a música "Não quero ser o mais vendido", e depois vieram muitas outras paixões com outras músicas... aquela coisa. Nós nos identificamos com poesia, coisas do tempo, da vida, isso sempre vai gerar sentimentos, e sentimentos são as coisas mais bonitas que temos, como meros humanos. Mas a questão é: o Mombojó é uma das bandas mais preciosas desse Brasilzão, fato! A banda formou-se em 2001 em Recife, e logo de cara já ganharam elogios. Não é pra menos, a sonoridade é mista, você encontra músicas pesadas e leves, guitarras firmes, teclado experimentando sem parar,batidas ricas e incansáveis, letras poéticas cheio de sentimentalismo, realidade e amor. Não dá pra ouvir  as músicas do Mombojó sem pensar no Manguebeat, mas eles ainda assim seguem um caminho próprio com uma sonoridade diferenciada. No álbum "Homem- Espuma" de 2006, podemos ouvir a canção "Realismo Convincente" pesada e ficamos pensando que dali pra frente o disco vai ser assim mas em seguida vem "Tempo de carne e osso" e pronto, já nos surpreende com a leveza que já logo se transforma novamente. É assim o álbum inteiro, cheio de reviravoltas lindas entre o barulho e a quietude de alguns versos. O que eu gosto mesmo é do toque de experimentalismo nas canções, foi o que mais me chamou atenção a primeira vez que ouvi ele inteiro. 
Bom, aqui no blog disponibilizo dois álbuns do Mombojó que eu tenho todo o carinho do mundo e nunca saí     da minha playlist. Então agora vamos falar do álbum "Amigo do Tempo" lançado em 2011, que parece ter surgido de uma suavidade sem precedentes que se jogou em músicas perfeitas. Quando ouvi pela primeira vez, me envolvi completamente e tudo o que pude pensar foi: que perfeito! Ainda penso assim,mesmo depois de ter ouvido milhares de vezes. Ainda existem as guitarras, as letras poéticas e as experimentações lindas, mas pra mim ainda tem mais...parece um disco mais rico, maduro e tem uma nostalgia, um quê de sonhos, como se você estivesse acordando de um sonho bom mas distante. Apesar do meu amor á primeira vista pela música "Não quero ser o mais vendido" e do meu carinho pelo disco inteiro, gosto mais do álbum de 2011. Fica a super dica pra deixar seu dia de domingo mais leve e bonito.

"O homem é como a espuma do mar,
que navega pela superfície das águas."

quero pra mim

Nenhum comentário:

Postar um comentário